Autor: Beep Digital

  • Gestão em Rede: Como a Colaboração Transforma Vendas e Marketing em 2025

    Gestão em Rede: Como a Colaboração Transforma Vendas e Marketing em 2025

    Transformação da Gestão Comercial e de Marketing

    O cenário das vendas e do marketing tem passado por uma profunda transformação. O que antes se estruturava em modelos hierárquicos rígidos hoje evolui para redes dinâmicas baseadas em colaboração, dados e propósito compartilhado. Essa mudança promove uma cultura na qual equipes comerciais e profissionais de marketing atuam como uma rede interligada, promovendo resultados de maneira mais eficaz e integrada.

    Este conceito foi amplamente debatido no painel “Estrutura Comercial em Rede”, durante o Vendas B2B Summit. Participantes como líderes de grandes operações comerciais destacaram a importância da autonomia alinhada a um propósito claro, que evita a burocracia e promove confiança e transparência.

    O Papel do Líder na Nova Estrutura em Rede

    Esse novo modelo demanda líderes que atuem como facilitadores e orquestradores. Ao invés do comando tradicional baseado em controle, o gestor deve coordenar equipes de forma flexível, conectando pessoas certas e estimulando a comunicação clara. O profissional que assume essa função precisa equilibrar automação e inteligência emocional para manter o engajamento do time.

    Com o avanço da automação e da inteligência artificial, o líder-orquestrador se destaca por valorizar especialmente a inteligência relacional. No marketing, isso significa construir ecossistemas colaborativos envolvendo parceiros, canais e comunidades, que trabalham de forma integrada para fortalecer a experiência do cliente.

    Dados com Propósito e Maturidade para Decisões Estratégicas

    Outro aspecto fundamental em vendas e marketing modernos é a utilização inteligente dos dados. A simples acumulação de informações não gera valor; o segredo está em transformar esses dados em ações concretas, por meio de uma cultura organizacional que priorize entendimento, governança e integração.

    Empresas que reúnem dados dispersos de CRM, mídia e vendas, mas sem conexões claras entre eles, enfrentam o desafio do excesso de indicadores que se tornam ruído para as equipes. Por isso, o foco deve ser a maturidade em dados, alinhando o que medir, como interpretar e qual o direcionamento a partir dos resultados.

    Inteligência Emocional na Gestão e Comunicação

    Um ponto decisivo para a eficácia das redes comerciais é o equilíbrio entre tecnologia e sensibilidade humana. O entendimento das motivações por trás dos parceiros, vendedores e consumidores permite que as estratégias ganhem vida e se tornem efetivas.

    A automação deve caminhar junto da humanização, promovendo relações sólidas e duradouras entre marcas, clientes e equipes. O conceito de gestão em rede enfatiza que autonomia não é sinônimo de descuido, mas um equilíbrio delicado entre liberdade e disciplina.

    Integração entre Marketing e Vendas

    A distinção tradicional entre marketing, focado em campanhas, e vendas, responsável pelo fechamento, está se tornando cada vez mais tênue. Vendas e marketing hoje compartilham dados, estratégias e metas comuns, com marketing traduzindo a escuta da ponta em ações estratégicas e vendas oferecendo insights que direcionam o discurso da marca.

    Essa aproximação revela um futuro em que a performance depende da colaboração efetiva entre equipes, liderança orientada à conexão e a tradução de dados em iniciativas humanas com propósito.

    Perspectivas para o mercado brasileiro indicam que a gestão em rede é caminho fundamental para empresas que desejam se destacar e crescer em um ambiente cada vez mais digital e competitivo.

    Fontes e Referências

  • Marketing Estratégico na Alelo: A Jornada de Rogério Bahia e a Evolução dos Benefícios Corporativos

    Marketing Estratégico na Alelo: A Jornada de Rogério Bahia e a Evolução dos Benefícios Corporativos

    A Jornada de Transformação do Marketing na Alelo

    Há quase 14 anos à frente da superintendência de Marketing da Alelo, Rogério Bahia é um exemplo de liderança rara no setor, considerando que a permanência média de um CMO dura cerca de dois anos. A Alelo é uma marca consolidada no cotidiano de milhões de brasileiros, onde a evolução do mercado de benefícios corporativos e a digitalização do sistema de pagamentos transformaram profundamente a área de Marketing, tornando-a uma peça-chave para os resultados da companhia.

    Para Bahia, o Marketing sempre será uma área estratégica essencial, apesar de ser entendida como um centro de custos. O equilíbrio entre investimento e retorno é o foco para manter a sustentabilidade do negócio, independentemente do porte da empresa. Essa visão reafirma a importância do Marketing como alicerce fundamental para qualquer tipo de negócio.

    Construindo uma Marca Resiliente e Integrada

    Quando assumiu o posto na Alelo, Rogério Bahia encontrou uma empresa em processo de definição de sua identidade corporativa, em meio a transformações societárias, incluindo a saída da Visa do Brasil. O desafio de construir uma marca capaz de se manter relevante diante das rápidas mudanças tecnológicas demandou uma abordagem ampla, que fosse além da publicidade e comunicação tradicional.

    O executivo enfatiza seu papel como gestor de um Marketing 360°, que utiliza uma “caixa de ferramentas” diversificada para atender necessidades de clientes, reforçar a reputação da marca e ampliar sua visibilidade. Essa visão integrada sustenta a estratégia da Alelo, que prioriza resolver problemas de negócio por meio do Marketing, alinhando as ações para gerar impacto real no crescimento da empresa.

    Modelo de Negócios Voltado para Parcerias Duradouras

    A operação da Alelo se apoia em três públicos fundamentais. O primeiro grupo é composto pelos clientes corporativos, que incluem desde grandes empresas até pequenos empreendedores. Para esse segmento, a empresa oferece soluções que vão além da simples cobrança por transação, buscando fortalecer a relação com produtos que incentivam o desenvolvimento dos negócios dos clientes.

    O segundo núcleo inclui os estabelecimentos comerciais credenciados, que recebem atenção especial com produtos personalizados para aumentar suas vendas e estabelecer relações comerciais baseadas em ganhos mútuos. Por fim, o colaborador, embora não seja o tomador de decisão direto, desempenha papel importante no engajamento com os benefícios ofertados, influenciando a manutenção dos contratos pelo setor de Recursos Humanos.

    Propósito Social e Diversidade na Gestão

    Além do foco corporativo, a Alelo mantém forte compromisso social, especialmente por meio do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), que beneficia milhões de famílias ao complementar a renda dos trabalhadores com salários mais baixos. Para o superintendente, o Marketing tem a capacidade de gerar impacto positivo na vida das pessoas, indo além dos resultados financeiros.

    Na condução da equipe, Bahia valoriza a diversidade em gênero, raça e experiência, reconhecendo que conjuntos plurais e opiniões divergentes fomentam a inovação e consolidam uma cultura organizacional sólida. A coerência entre discurso e prática é essencial para construir um time que reflete os valores da empresa de forma efetiva.

    Marketing como Conector entre Propósito e Resultados

    Para encerrar, o executivo reforça o desafio de demonstrar, com números concretos, a contribuição do Marketing para a saúde do negócio. A comunicação eficaz deve traduzir-se em resultados palpáveis, comprovando seu valor estratégico e sua importância para a continuidade e crescimento da marca.

    Essa trajetória inspiradora da Alelo e de sua liderança de Marketing oferece importantes lições para empresas que desejam ampliar sua presença no mercado enquanto constroem uma relação genuína com clientes e colaboradores.

    Fontes e Referências

    • Podcast CMO Agenda, com superintendente de Marketing Rogério Bahia, disponível no canal Mundo do Marketing no YouTube
    • Relatos e informações corporativas sobre benefício e operação da Alelo
    • Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), políticas sociais relacionadas
  • Como a transformação da Tupperware impulsiona seu renascimento no mercado

    Como a transformação da Tupperware impulsiona seu renascimento no mercado

    O legado e a reinvenção da Tupperware no século 21

    Conhecida mundialmente como uma marca icônica na cozinha, a Tupperware enfrenta atualmente o desafio de se reinventar para seguir relevante em um mercado que evolui rapidamente. Apesar de seu amplo sucesso nas décadas de 1950 a 1970, os anos seguintes trouxeram obstáculos que culminaram na venda da empresa em 2024. Em meio a essas mudanças, o Brasil assume um papel estratégico fundamental, representando cerca de 80% do faturamento junto com o México, o que impulsiona a reformulação de canais de venda e a conexão com públicos mais jovens.

    A marca busca equilibrar tradição e inovação, valorizando sua rica história global de quase 80 anos, incluindo 50 anos no Brasil. Essa trajetória sólida apoia o esforço atual de resgatar a relevância através da digitalização, expansão dos canais e na criação de vínculos autênticos que dialoguem com as novas gerações de consumidores.

    Estratégias para conquistar o público jovem e diversificar canais

    O desafio mais destacado na renovação da Tupperware é construir uma identificação com consumidores que não possuem a mesma memória afetiva das gerações anteriores. Para isso, a empresa adotou um modelo de gestão mais leve e eficiente, próximo a uma startup, aplicando processos otimizados e controle rigoroso de custos para garantir a sustentabilidade do negócio.

    Além da tradicional venda direta, que permanece uma força importante apoiada por revendedoras altamente engajadas e representando 89% do time, a marca investe em e-commerce, marketplaces e formatos inovadores, como quiosques em shoppings, buscando uma experiência integrada e aderente às preferências atuais dos clientes. O portfólio foi ampliado, com foco em praticidade e funcionalidade, incluindo desde marmitas para micro-ondas até garrafas térmicas com selo original, reforçando a qualidade e a durabilidade dos produtos.

    Inovação e sustentabilidade como pilares do crescimento

    Uma das frentes que tem ganhado destaque é a sustentabilidade, presente no design e produção dos itens vendidos. A Tupperware prioriza materiais livres de BPA, alta durabilidade garantida por longos períodos, e processos industriais que reaproveitam a maior parte dos resíduos, complementados por iniciativas de cooperação industrial para minimizar impactos ambientais. A linha de vidro reciclável exemplifica essa preocupação alinhada às expectativas de um consumidor cada vez mais consciente.

    O período da pandemia também acelerou hábitos como o preparo de marmitas em casa, consolidando a relevância dos produtos da Tupperware para quem busca economia e bem-estar sem abrir mão da praticidade. Paralelamente, a marca aposta em colaborações com licenças culturais populares, como Harry Potter e Batman, gerando engajamento através da “newstalgia”, uma combinação entre o novo e o nostálgico que ressoa com o público jovem.

    Um olhar para o futuro: conectividade, inovação e legado

    A Tupperware projeta seguir como uma marca dinâmica, mantendo seu DNA histórico ao mesmo tempo que se adapta às tendências do mercado. A estratégia de marketing é multifacetada, incluindo ações que vão desde o branding para reposicionamento, até campanhas digitais atuantes, e alianças autênticas com influenciadores. A gestão integrada de múltiplos canais reforça a proximidade com diversos tipos de consumidores, refletindo um modelo de negócio que busca eficiência e impacto.

    Para a marca, o importante é sustentar o equilíbrio entre tradição e inovação, apoiando práticas de consumo responsáveis e ajudando a criar rotinas mais práticas e sustentáveis para as próximas gerações. Esse caminho reafirma o compromisso da Tupperware com sua longevidade e capacidade de encantar, continuando relevante em um ambiente de negócios em constante transformação.

    Fontes e Referências

    • Mundo do Marketing – Entrevista exclusiva com a Diretora de Marketing para a América Latina da Tupperware
    • Portal Exame – Reportagens sobre transformação de marcas tradicionais
    • Estudos de mercado e tendências em e-commerce no Brasil
  • Como a Bimbo Transforma Corrida de Rua em Engajamento e Solidariedade: Estratégias e Impactos

    Como a Bimbo Transforma Corrida de Rua em Engajamento e Solidariedade: Estratégias e Impactos

    A década da Bimbo Global Race: muito além do esporte

    Em 2025, a Bimbo Global Race completa dez anos consolidada como referência global em brand experience com propósito social. Criada pelo Grupo Bimbo para fortalecer seu compromisso de “nutrir um mundo melhor”, essa iniciativa cresceu e conquistou relevância mundial com mais de 165 mil participantes em 22 países e uma doação superior a 3 milhões de fatias de pão para bancos de alimentos apenas nesta edição.

    O evento transcende a prática esportiva, refletindo um engajamento genuíno por meio da solidariedade, reunindo ao longo de sua existência mais de 1,7 milhão de corredores e contribuindo com mais de 29 milhões de fatias de pão doadas. No Brasil, o público presencial ultrapassou 15 mil pessoas nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, onde ativações interativas e experiências lúdicas foram promovidas para estreitar a relação emocional com a marca.

    Marketing com propósito: impactos e estratégia integrada

    Segundo o vice-presidente de Marketing, Inovação, Pesquisa e Desenvolvimento da Bimbo Brasil, a corrida é a tradução prática do propósito da empresa, que busca gerar impacto positivo nas comunidades e promover bem-estar. Com a estratégia focada na doação solidária, cada inscrição gera a doação de fatias de pão, reforçando o lema “compartilhamos o que é bom” e criando uma plataforma que une esporte, saúde e responsabilidade social.

    As ativações presenciais com elementos como espaços para crianças, degustações de produtos e a presença do mascote Osito proporcionam uma experiência acolhedora e interativa, elevando o valor da marca para além dos produtos, mostrando um posicionamento focado no impacto social e na conexão com consumidores e parceiros.

    Consolidação global e compromisso social

    A Bimbo Global Race é hoje reconhecida como a maior corrida solidária do mundo, realizada em mais de 30 cidades e 23 países. A doação de fatias de pão, destinada a organizações como o SESC Mesa Brasil no país, reforça a credibilidade da marca no combate à fome e fortalece o vínculo com as comunidades locais.

    O evento evidencia uma conexão entre esporte, bem-estar e solidariedade, além de fomentar engajamento real das comunidades e intensificar a relação emocional dos consumidores com a empresa, demonstrando um posicionamento sólido e coerente com seu propósito de marca.

    Marketing digital e experiência integrada

    A experiência digital desempenha papel central na execução da corrida, integrando campanhas online, envio de kits e experiências presentes, atraindo e mantêm a expectativa e engajamento do público. As interações durante o evento, que incluem brincadeiras, shows e degustações, criam um ambiente propício para a socialização, onde esporte e solidariedade se unem.

    Após o evento, é mantida a comunicação ativa que reforça os resultados obtidos e o impacto social, alinhando inovação em produtos a experiências significativas que potencializam o engajamento dos consumidores.

    Promoção de hábitos saudáveis e inclusão

    O conceito do evento vai além da corrida como desafio físico, incluindo modalidades para diferentes níveis de condicionamento, como caminhadas leves e corridas de 10 km. A iniciativa incentiva cuidados com o corpo e a mente, buscando promover lazer, bem-estar e a construção de memórias positivas com familiares e amigos.

    Aprendizados em marketing digital e ampliação do alcance

    A adoção das inscrições virtuais ampliou significativamente o alcance da corrida, chegando a mais de 80 países e provocando um aumento no volume de doações. O equilíbrio entre modalidades presenciais e virtuais tornou-se possível graças à comunicação digital estratégica que conecta ambos os públicos e mantém o essencial da experiência solidária.

    Narrativa emocional e engajamento de todos os públicos

    A Bimbo constrói uma narrativa que envolve consumidores, colaboradores e parceiros em torno de uma causa comum. A proposta enfatiza que a participação tem impacto concreto, gera orgulho interno e propicia visibilidade social, criando um sentimento de colaboração e pertencimento.

    Inovações e tendências para o futuro

    Para o ano de 2025, o evento aposta em experiências mais imersivas e gamificadas, introduzindo atividades para o público infantil e a colaboração com influenciadores digitais. Espaços instagramáveis e ativações que estimulam o compartilhamento em redes sociais reforçam o alcance e engajamento, criando memórias afetivas duradouras.

    A expectativa é que o projeto continue crescendo, amplificando o impacto social e fortalecendo a conexão com os valores da marca, posicionando a corrida como uma plataforma que inspira um estilo de vida mais saudável e solidário.

    Fontes e Referências

    • Portal Mundo do Marketing (2025), entrevista com o vice-presidente de Marketing da Bimbo Brasil.
    • Bimbo Global Race – dados oficiais da edição 2025.
    • SESC Mesa Brasil – programa nacional de combate à fome.
  • Como o rebranding impacta grandes marcas: análise das transformações globais

    Como o rebranding impacta grandes marcas: análise das transformações globais

    Desafios e estratégias por trás das mudanças em grandes marcas

    No ambiente corporativo, o termo “mudar” carrega significados que vão muito além de uma simples alteração. Seja um rebranding radical ou uma mudança gradual, as decisões envolvem riscos calculados e buscam principalmente o alinhamento com novas demandas do mercado e a sobrevivência a longo prazo.

    Recentemente, uma mesa-redonda mediada pelo consultor Jaime Troiano reuniu especialistas do setor para discutir experiências de transformação em empresas de peso. Entre os participantes estavam o Diretor Global Sênior de Brand Marketing da Wellhub, o diretor executivo de Marketing da VR e a CMO da Braskem, companhias que passaram por reposicionamentos de marca significativos nos últimos anos.

    Wellhub: superando limites para ampliar o portfólio

    Conhecida durante mais de dez anos como Gympass, a Wellhub tornou-se uma referência internacional em serviços corporativos de saúde e esporte. No entanto, sua marca começou a limitar a expansão para novas áreas, como nutrição e saúde mental, motivando um reposicionamento global.

    O desafio era preservar a conexão emocional dos consumidores com a marca antiga, enquanto apresentava uma nova identidade que refletisse um escopo mais amplo. O diretor da Wellhub destaca que o rebranding foi fundamental para passar da imagem de um “passe de academia” para uma plataforma completa de bem-estar corporativo.

    Este movimento envolveu intensa coordenação entre acionistas e lideranças internacionais, além de uma comunicação cuidadosa para não perder o reconhecimento conquistado em diversos países. A estratégia não foi apenas uma mudança de nome, mas uma forma de projetar a empresa rumo a um crescimento mais abrangente.

    VR: preservando a tradição com inovação

    Com quase cinco décadas de atuação, a VR construiu uma marca consolidada, inicialmente associada ao vale-refeição, nome que permaneceu como um ativo valioso para a empresa. Apesar de considerar eliminar a sigla no passado, análises de mercado sugeriram que a marca tinha força suficiente para ser reinventada sem perder sua base.

    Nos últimos anos, a VR expandiu seu portfólio por meio da aquisição de mais de 20 empresas, transformando-se numa plataforma abrangente de gestão de pessoas. A mudança exigiu não só um reposicionamento de marketing, mas também reformulações culturais internas e integração complexa de equipes.

    Hoje, a VR oferece soluções variadas, incluindo gestão financeira e crédito, centralizadas em um superapp que redefine sua presença no cotidiano dos trabalhadores e empresas. Esse reposicionamento interno e externo evidenciou a importância de preservar o reconhecimento da marca enquanto incorpora inovação.

    Braskem e o desafio da percepção pública

    Como empresa do setor petroquímico, a Braskem enfrenta a dificuldade de comunicar-se indiretamente com o consumidor final, além de lidar com uma imagem desafiadora em relação ao plástico. A partir de 2019, a empresa optou por uma abordagem educacional, focando na conscientização ambiental e na economia circular.

    Investimentos em projetos públicos e eventos de grande porte ajudaram a Braskem a estabelecer um diálogo sobre consumo consciente e reciclagem, destacando ainda inovações como o plástico produzido a partir da cana-de-açúcar, uma alternativa carbono negativa.

    Apesar disso, a reputação da companhia ainda carrega o impacto de incidentes ambientais significativos, como o ocorrido em Maceió. A empresa reconhece a gravidade e demonstra comprometimento com ações de reparação e mitigação.

    A estratégia comunicacional de Braskem evidencia a crescente necessidade do conceito de “licença social para operar”, especialmente para empresas B2B que buscam legitimidade social sem a possibilidade de campanhas maciças.

    O rebranding como ferramenta estratégica no mercado brasileiro

    As experiências dessas três organizações ilustram como o processo de mudança de marca no Brasil é multifacetado, envolvendo tanto questões de mercado quanto culturais e tecnológicas. No cenário atual, onde a transformação digital avança aceleradamente, empresas brasileiras precisam alinhar sua identidade visual e comunicação com novos comportamentos de consumidores e demandas globais.

    Além disso, a adaptação implica desafios internos, como engajamento de equipes e revisão de processos, aspectos que se mostram cruciais para o sucesso das iniciativas. O exemplo dessas companhias demonstra que o rebranding não é simplesmente um tema estético, mas uma estratégia essencial para a competitividade sustentável.

    Perspectivas e aprendizados para negócios em transformação

    O diálogo entre os especialistas ressalta a importância de abordagens personalizadas, considerando o contexto e o histórico de cada marca. Seja investindo em um reposicionamento radical, preservando ativos fortes ou reinventando a narrativa institucional, o caminho exige planejamento e execução cuidadosa.

    A construção da reputação corporativa, alinhada a valores contemporâneos como sustentabilidade, tecnologia e bem-estar, emerge como um fator decisivo para se destacar no competitivo mercado brasileiro e global.

    Essas lições são essenciais para empreendedores, gestores e profissionais de marketing que buscam entender como navegar pelas complexidades das mudanças de marca e estratégia em um ambiente em constante evolução.

    Fontes e Referências

    • Mundo do Marketing. Como iFood e Daki usaram dados, IA e personalização para turbinar o Marketing no delivery. Disponível em: mundodomarketing.com.br
  • Como acelerar receita no mercado B2B: 10 estratégias essenciais

    Como acelerar receita no mercado B2B: 10 estratégias essenciais

    Estratégias Fundamentais para Impulsionar a Receita no Mercado B2B

    No cenário competitivo do mercado B2B, alcançar crescimento sustentável exige mais do que ações isoladas. Alinhar metas entre departamentos e ajustar o comissionamento de forma estratégica transformam-se em diferenciais capazes de incrementar receita e otimizar processos.

    No Vendas B2B Summit 2025, Angelita Oliveira, CEO da Salespring, destacou a importância da integração entre Marketing, Vendas e Customer Success para evitar a fragmentação que prejudica a conversão, retenção e a experiência do cliente. Segundo a executiva, focar apenas em volume de leads ou contratos fechados não reflete a saúde do cliente, que é essencial para receita recorrente e crescimento sustentável.

    10 Práticas para Acelerar o Crescimento no Ambiente B2B

    1. Metas alinhadas à jornada do cliente

    Desenvolver objetivos que considerem o valor entregue em todas as fases do ciclo de vida do cliente evita conflitos internos e direciona todos os setores para um propósito compartilhado.

    2. Avaliação do Marketing pelo impacto no pipeline

    O desempenho do marketing deve ser medido por sua contribuição real para gerar oportunidades qualificadas, abandonando métricas superficiais como alcance e engajamento que não refletem a efetividade comercial.

    3. Importância da pré-vendas para eficiência comercial

    Filtros rigorosos na etapa de pré-vendas são decisivos para otimizar o tempo do time comercial, aumentando a taxa de conversão e evitando esforços desperdiçados em leads sem potencial.

    4. Valorização da venda consultiva

    Priorizar negócios de qualidade, que permanecem por mais tempo, promove uma receita mais sólida, evitando a cobrança apenas por volume de contratos fechados.

    5. Inclusão de retenção e expansão nas comissões

    Comissões que contemplam churn, satisfação e upsell estimulam uma atuação focada na longevidade dos clientes, favorecendo uma base mais robusta e fiel.

    6. Participação ativa do Customer Success

    Garantir que o Customer Success faça parte da definição de metas amplia a experiência do cliente e contribui para o aumento da receita por meio da fidelização.

    7. Comissão como ferramenta cultural

    A estrutura de incentivos deve evidenciar as prioridades da empresa, valorizando comportamentos que promovem crescimento sustentável em vez de resultados rápidos e isolados.

    8. Quebrar silos entre departamentos

    Integrar operações e métricas entre Marketing, Vendas e Customer Success elimina atritos e otimiza recursos, reforçando uma visão centrada no cliente.

    9. Redução de ciclos por meio da colaboração

    Compartilhar dados e alinhar incentivos agilizam o processo de vendas, melhorando a produtividade e a experiência do cliente.

    10. Priorização de métricas que indicam saúde do cliente

    Indicadores como NPS, lifetime value e churn ajudam a guiar decisões estratégicas que fortalecem a base de clientes e ampliam receita recorrente.

    Essas práticas refletem uma mudança de paradigma que beneficia a estrutura comercial, o relacionamento com o cliente e o desempenho financeiro das empresas B2B no Brasil. Investir na integração dos times e na qualidade das métricas torna-se indispensável para empresas que buscam diferenciação num mercado cada vez mais competitivo.

    Referências consultadas

    • De acordo com o portal Mundo do Marketing, Angelita Oliveira destacou pontos cruciais sobre integração entre áreas para crescimento sustentável.
    • Vendas B2B Summit 2025 – insights e tendências para acelerar receita na jornada B2B.
  • Como o in-store media transformou o ponto de venda: Guia 2025

    Como o in-store media transformou o ponto de venda: Guia 2025

    A nova era do ponto de venda como mídia estratégica

    O ponto de venda (PDV) evoluiu de um simples local de compra e venda para uma plataforma essencial de comunicação entre marcas e consumidores. No CMO Summit 2025, especialistas de grandes empresas destacaram como a digitalização dos PDVs está revolucionando a atuação do varejo, transformando cada metro quadrado em uma oportunidade de gerar valor.

    Essa mudança está alinhada com o comportamento do consumidor brasileiro, cada vez mais exigente por experiências personalizadas e integradas. Estima-se que o in-store media movimente mais de US$ 100 bilhões globalmente até 2030, impulsionado pela inovação tecnológica, expansão dos espaços físicos dos marketplaces e o uso eficiente de dados de primeira parte em jornadas omnichannel.

    Transformação do ponto de venda em uma plataforma de mídia

    Varejistas têm redefinido o PDV, integrando-o a plataformas digitais para criar interações mais significativas no momento crítico da decisão de compra. A integração de telas digitais e ações baseadas em dados de CRM e histórico de navegação permite a entrega de campanhas segmentadas e com métricas claras, fortalecendo a estratégia omnicanal.

    Como apontado por uma liderança do setor, o verdadeiro avanço está na personalização da experiência dentro da loja, que combina dados online e offline para fornecer mensagens relevantes no ponto de decisão do cliente.

    Sinergia entre marketing e operações

    Para garantir o sucesso do in-store media, é fundamental que as equipes de marketing, operações e tecnologia atuem de forma coordenada. A experiência prometida pela comunicação deve ser refletida na disponibilidade dos produtos e eficiência operacional, evitando frustrações e fortalecendo a relação com o consumidor.

    Essa harmonização operacional assegura que cada ação de mídia seja eficaz e contribua para a construção de um relacionamento sólido e confiável com o cliente final.

    Cultura organizacional e consistência estratégica

    Além da infraestrutura tecnológica, a cultura interna e o alinhamento das equipes são decisivos para implementar estratégias eficazes de in-store media. A diversidade de competências e a colaboração multidisciplinar são essenciais para que as áreas de marketing atuem como hubs estratégicos, promovendo decisões ágeis e um discurso uniforme da marca.

    Essa integração fortalece a consistência da experiência do consumidor, unindo marketing e comercial como uma única força para alcançar objetivos comuns.

    Aprendizados e melhores práticas na nova era do in-store

    O desenvolvimento de uma estratégia sólida requer atenção a erros comuns, como investimentos precipitados e falta de alinhamento interno. Por outro lado, empresas que valorizam a flexibilidade, consistência e a cultura organizacional conseguem se destacar, transformando o PDV em um ativo estratégico.

    Profissionais do setor indicam que a clareza no storytelling e a definição do propósito na comunicação são fundamentais para que o ponto de venda deixe de ser apenas um local de transação e passe a ser um ambiente de relacionamento duradouro com o consumidor.

    O futuro do varejo está em transformar cada espaço físico em uma mídia relevante, capaz de engajar e fidelizar o público.

    Fontes e Referências

    • CMO Summit 2025 – Painel 27A Nova Era do In-Store Media27
    • Mundo do Marketing – 27O PDV virou mídia: The LED quer CMOs pensando loja como canal27
    • Relatórios de mercado sobre in-store media e tendências do varejo digital
  • Braze Forge 2025: Como a IA Transforma o Futuro do Marketing

    Braze Forge 2025: Como a IA Transforma o Futuro do Marketing

    Braze Forge 2025: O Futuro do Marketing Impulsionado pela IA

    Las Vegas foi palco de um dos eventos mais relevantes para profissionais do marketing: o Braze Forge 2025. Durante o encontro, líderes do setor apresentaram uma visão inovadora sobre o impacto da inteligência artificial, dados e criatividade na evolução do relacionamento entre marcas e consumidores. Essa transformação não só redefine processos, mas também o papel das equipes de marketing nos próximos anos.

    De início, ficou claro que, apesar da essência do marketing continuar centrada na conexão humana e na criatividade, as ferramentas que viabilizam essa conexão estão passando por uma revolução. A inteligência composável, conceito destacado no evento, representa a integração sofisticada de múltiplas tecnologias de IA, incluindo aprendizado de máquina e agentes autônomos, que trabalham de forma coordenada para oferecer experiências personalizadas em diversos canais.

    Decisões Orientadas por IA: A Revolução na Personalização

    Um dos destaques do Braze Forge 2025 foi a apresentação do Braze AI Decisioning Studio. Essa solução utiliza agentes inteligentes para automatizar decisões de marketing, considerando comportamentos e preferências em tempo real, algo inviável para equipes humanas. Essa abordagem permite que a personalização vá além dos tradicionais segmentos, tratando cada consumidor como único.

    Exemplificando, clientes com perfis similares podem receber comunicações totalmente distintas, conforme suas interações mais recentes. Essa capacidade de personalização em escala representa um avanço significativo para marcas que buscam maior engajamento e resultados aprimorados.

    Métricas e Escala: Lições das Grandes Marcas

    A precisão dos resultados obtidos por meio da inteligência artificial foi evidenciada por meio da metodologia rigorosa utilizada. Técnicas de teste em ambientes controlados garantem que cada agente entregue impacto incremental evidente. Em um caso, mais de 200 milhões de personalizações foram realizadas, gerando resultados até 2,6 vezes superiores às estratégias convencionais.

    Automatização na Criação e Estratégia

    Além das decisões táticas, o evento revelou avanços em ferramentas que automatizam tarefas complexas durante a jornada do cliente. O Braze AI Agent Console permite a criação e implementação de agentes para múltiplas funções, desde análise de sentimentos até respostas automatizadas com a identidade da marca.

    Outro recurso inovador apresentado foi o AI Operator, uma ferramenta conversacional que auxilia na construção de campanhas, análise de dados e na geração de insights estratégicos por meio de comandos simples em texto. Isso equivale a ter uma equipe multidisciplinar colaborando em tempo real, ampliando a eficiência das equipes de marketing.

    O Equilíbrio entre Tecnologia e o Toque Humano

    Os especialistas presentes reforçaram que a inteligência artificial é um potenciador, não um substituto para a atuação humana. A automação aprimora a eficiência e precisão, mas aspectos como estratégia, empatia e curadoria continuam sob responsabilidade dos profissionais. O futuro do marketing, portanto, será uma integração harmoniosa entre criatividade humana e tecnologia.

    Empatia e Significado no Centro das Estratégias

    Uma das ideias mais impactantes compartilhadas foi a importância de entender o consumidor além de dados demográficos. O professor Marcus Collins enfatizou que as marcas não criam significado sozinhas; são os consumidores que atribuem sentido a partir de suas crenças, valores e contextos culturais.

    Para construir conexões autênticas, as marcas precisam enxergar o mundo pelos olhos dos consumidores e oferecer experiências que atendam tanto necessidades funcionais quanto emocionais e sociais. Esse enfoque humanizado é fundamental para o sucesso diante das novas demandas do mercado.

    Compromisso Social e Sustentabilidade na Tecnologia

    O Braze também ressaltou seu compromisso com iniciativas sociais e ambientais. Programas como o Tech for an Equitable Future ampliam o acesso à plataforma para fundadores de grupos sub-representados. Além disso, metas de redução de emissões e investimento em energia solar demonstram a preocupação da empresa em alinhar tecnologia e impacto social positivo.

    Essas ações destacam uma tendência crescente no setor tecnológico, que busca promover inclusão e sustentabilidade como parte integrante do desenvolvimento de soluções digitais.

    Fontes e Referências

  • Crescimento da IA no Tráfego Web Brasileiro: Impacto e Desafios em 2025

    Crescimento da IA no Tráfego Web Brasileiro: Impacto e Desafios em 2025

    Inteligência Artificial e seu papel no tráfego digital brasileiro

    Nos últimos anos, a inteligência artificial (IA) tornou-se tema central dentro do marketing digital no Brasil. Ferramentas como ChatGPT e Perplexity passaram a integrar o cotidiano de usuários e corporações, gerando expectativas quanto a mudanças no comportamento das buscas online.

    Entretanto, pesquisas recentes indicam que o percentual de tráfego originado diretamente de sistemas baseados em IA ainda é relativamente restrito em nosso país. Entre julho de 2024 e agosto de 2025, uma análise que envolveu mais de 290 milhões de acessos revelou que apenas 0,04% dessas visitas provinham de plataformas de inteligência artificial, alcançando o pico de 0,5% em maio de 2025.

    Comparativo entre IA e buscadores tradicionais

    Esta participação modesta contrasta fortemente com o desempenho dos mecanismos de busca convencionais, como o Google, que detiveram, na mesma janela temporal, aproximadamente 23,85% do tráfego total. Apesar da integração de recursos de IA como os resumos na ferramenta de busca do Google, o volume e a regularidade das visitas originadas por esses canais permaneceram robustos e predominantes.

    Vale destacar que o impacto da IA não é uniforme. Sites focados em conteúdos consultivos ou que tratam de dúvidas frequentes puderam chegar a até 2,5% de tráfego via IA em alguns meses, refletindo a relevância que soluções baseadas em inteligência artificial podem ter conforme o perfil do público e a natureza dos temas abordados.

    Desafios para a conversão e estratégias futuras

    Apesar do aumento em acessos em determinados períodos, a conversão oriunda do tráfego de IA ficou aquém dos valores observados por buscas tradicionais e anúncios pagos, apresentando uma média de 0,39%. O mês de julho de 2025 registrou o melhor desempenho, com taxa subindo para 0,78%, ainda distante de consolidar a IA como canal principal para geração de negócios.

    Especialistas ressaltam que, neste momento, a IA deve ser vista como um canal emergente, que contribui mais para a visibilidade e posicionamento da marca do que para resultados imediatos. O foco das estratégias de marketing digital deve continuar centrado em canais já estabelecidos, enquanto se monitora a evolução da inteligência artificial e identifica segmentos em que sua aplicação pode se tornar mais relevante.

    Esse panorama evidencia a necessidade de equilíbrio no investimento e gerenciamento de canais, garantindo presença tanto nas plataformas tradicionais de busca quanto nas ferramentas emergentes de IA generativa.

    Dados e metodologia do estudo

    O levantamento é fruto do estudo “O impacto da IA nos sites do Brasil”, realizado pela Web Estratégica, referência em SEO e marketing de conteúdo no país. A consultoria analisou uma vasta quantidade de dados e atendeu grandes marcas brasileiras, destacando aspectos como geração de leads, tráfego para e-commerces e produção de conteúdo para diferentes segmentos.

    O relatório completo está disponível para download no site da Web Estratégica, oferecendo um olhar aprofundado e detalhado sobre as dinâmicas atuais do tráfego digital com relação à inteligência artificial.

    Considerações para o mercado brasileiro

    Para o contexto nacional, o estudo reforça que a inteligência artificial ainda encontra espaço a ser explorado em estratégias digitais, especialmente em segmentos mais consultivos. O desafio estará em integrar as tecnologias de IA sem perder o foco nas práticas consolidadas que geram resultados eficazes.

    Adaptar-se a esse cenário exigirá das empresas um olhar atento às tendências, combinando análise de dados com inovação e automação, alinhando presença digital com as expectativas e comportamentos do usuário brasileiro.

    Conforme esse equilíbrio for alcançado, a IA tende a ganhar espaço crescente, moldando o futuro do marketing digital e do e-commerce no Brasil.

    Fontes e Referências

  • Estratégias de Dados e IA que Impulsionam o Marketing no Delivery em 2025

    Estratégias de Dados e IA que Impulsionam o Marketing no Delivery em 2025

    Como o iFood e a Daki Revolucionaram o Marketing no Delivery

    Operar campanhas para milhões de usuários sem perder a personalização tornou-se uma prioridade essencial para empresas do setor de delivery. No CMO Summit 2025, especialistas líderes dessas plataformas compartilharam seus métodos inovadores de utilizar dados e inteligência artificial para transformar o relacionamento com o consumidor, tornando as estratégias mais inteligentes e rentáveis.

    O iFood, com mais de 55 milhões de usuários ativos, processa diariamente cerca de 150 milhões de notificações, enquanto a Daki, conhecida pelo serviço expresso de supermercado em 15 minutos, comprovou que reduzir o volume de mensagens pode aumentar a eficácia das campanhas. Este equilíbrio entre qualidade e quantidade demonstra que o marketing digital eficiente prioriza a relevância para o cliente.

    A Importância da Personalização no CRM de Delivery

    A Daki optou por diminuir a frequência de notificações, passando de oito para quatro por usuário. Esta mudança resultou em taxas superiores de abertura e conversão, evidenciando que uma comunicação direcionada tem mais impacto do que envios em massa. Já o iFood aplica modelos avançados de “Next Best Action” para identificar a propensão de consumo conforme o contexto, como horário, clima e dia da semana, o que aprimora a precisão das campanhas.

    Essa abordagem reforça que personalização vai além de modismos, traduzindo-se em resultados concretos. Assim, essas empresas conseguiram reduzir a percepção de incômodo dos clientes e maximizar o retorno das campanhas. O conhecimento detalhado dos hábitos de consumo, desde as compras semanais até preferências específicas, permite economizar recursos e otimizar o esforço de marketing.

    Recursos de IA e Dados para Comunicações Engajadoras

    As duas organizações deixaram para trás os disparos massivos, adotando estratégias fundamentadas no comportamento do usuário, geolocalização e ocasiões especiais. Ferramentas como listas personalizadas da Daki protagonizam a experiência de compra ao lembrar os consumidores de seus itens habituais, ao passo que o iFood integra múltiplas categorias, incluindo farmácias e mercados, em um único aplicativo.

    A implementação ativa de coleta de dados permite à Daki entender melhor as preferências individuais, como o time de futebol e tipos de comida, facilitando ações promocionais alinhadas aos interesses do cliente. O iFood, com uma equipe extensa de cientistas de dados, desenvolve modelos próprios de IA para prever o momento ideal de envio e ajustar recomendações em tempo real. Por sua vez, a Daki utiliza soluções nativas de AI para sugerir produtos e refinar a comunicação de forma escalável.

    Embora a IA potencie as decisões estratégicas, ambos os especialistas destacam que seu sucesso depende do suporte de uma governança sólida e dados organizados, evitando cair no mero modismo e garantindo a eficácia das campanhas.

    Comparativo de Canais: Push e WhatsApp no Delivery

    As notificações push permanecem como o canal dominante em volume, mas apresentam saturação de mensagens, com usuários podendo receber dezenas de notificações em curtos períodos. Em contraste, o WhatsApp tem se destacado pela alta taxa de conversão, especialmente quando utilizado de forma seletiva e estratégica, apesar do custo elevado por mensagem.

    A Daki explora o WhatsApp para oferecer comunicações mais ricas e personalizadas, enquanto o iFood reserva esse canal para fluxos específicos, mantendo o push como principal mecanismo promocional. A retenção de clientes, foco central dessas marcas, está associada a práticas que reforçam experiências positivas, como notificações sobre a entrega antecipada dos pedidos, reforçando o relacionamento e a fidelidade.

    Notificações transacionais, que informam status do pedido, têm prioridade sobre mensagens promocionais por fornecerem segurança e utilidade, fatores que elevam a confiança do consumidor e aumentam o engajamento.

    Perspectivas Futuras para Marketing Automation no Delivery

    O futuro do marketing digital no segmento de delivery passa pelo equilíbrio entre automação avançada, personalização aprofundada e respeito ao consumidor. O investimento em soluções inteligentes e a priorização da qualidade da comunicação mostram que empresas que dominam essas práticas garantem vantagem competitiva, especialmente em um mercado brasileiro que cresce continuamente em velocidade e sofisticação.

    Essas práticas consolidam a percepção de que a comunicação não é apenas um meio para a venda, mas um componente estratégico fundamental na construção de relacionamentos duradouros e na valorização da experiência do usuário.

    Fontes e Referências

    • CMO Summit 2025
    • Mundo do Marketing – “Do frete grátis à IA: os insights que guiam o consumo digital no Brasil”